terça-feira, 18 de novembro de 2014

Pesquisadores dos EUA cobram acesso a amostras do vírus ebola

Pesquisadores dos EUA cobram acesso a amostras do vírus ebola

ReutersSem acesso, há atraso em pequisas sobre as mutações do vírus e, portanto, no desenvolvimento de novas drogas e vacinasCientistas de várias partes dos Estados Unidos disseram que não conseguem obter amostras do ebola, o que complica os esforços para entender como o vírus sofre mutações e prejudica o desenvolvimento de novas drogas, vacinas e diagnósticos.Os problemas refletem a precaução crescente de agências reguladoras e empresas de transporte com o manejo da doença, assim como os recursos limitados dos países do oeste da África que lutam para ajudar milhares de cidadãos infectados.Dez cientistas de oito grandes instituições de pesquisa contactados pela Reuters relataram não ter conseguido acesso a amostras do Ebola nos últimos meses.Uma delas, a Universidade de Tulane, recebeu amostras nesta semana, e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) disse ter chegado a um acordo para obter espécimes vivos, mas não ficou claro se os novos suprimentos irão atender a procura, e o transporte continua sendo um desafio.Leia também:Vírus que matou mais que 1ª Guerra deixou lições para combate a ebola
Ebola "é o maior desafio de saúde pública desde surgimento da Aids"O ebola passa por mutações à medida que se dissemina, e embora poucos temam que o vírus adquira a capacidade de se transmitir pelo ar, por exemplo, os cientistas precisam de levas constantes de novas amostras para rastrear estas mudanças. O gargalo no fornecimento de amostras não deve atrasar o desenvolvimento de tratamentos experimentais, mas se o vírus sofrer alterações significativas que não forem detectadas, as drogas e os exames podem não funcionar, alertaram os pesquisadores.O doutor Charles Chiu, especialista em microbiologia e doenças infecciosas da Universidade da Califórnia, em São Francisco, necessita de amostras de pacientes com Ebola para desenvolver um novo exame genético que poderia detectar a doença em indivíduos contaminados antes do surgimento dos sintomas.“No momento, ninguém sabe realmente que mutação o vírus sofreu ou se sofreu”, afirmou. Sem a pesquisa, “não seremos capazes de determinar antecipadamente se ele adotou ou não uma forma na qual pode driblar testes de diagnóstico ou tornar vacinas e drogas atuais ineficazes”.Cenário:Mundo está mal preparado para emergências sanitárias, diz diretora da OMS
OMS prevê 5 mil novos casos de ebola por semana em dezembroOs cientistas dizem que Libéria, Serra Leoa e Guiné foram lentas na liberação de amostras, já que penam para combater o pior surto de Ebola já registrado e que já matou cerca de cinco mil pessoas na região.Laurie Garrett, principal autoridade em saúde global do Conselho de Relações Exteriores, de Nova York, afirmou que a questão é sobretudo, e acertadamente, a segurança no transporte, especialmente à luz de episódios recentes de manipulação imprópria de patógenos como o antraz em laboratórios do governo norte-americano.Erica Ollmann Saphire, do Instituto de Pesquisa Scripps em La Jolla, na Califórnia, dirige os cientistas que trabalham em tratamentos do Ebola, como o coquetel de três antibióticos Zmapp. Ela disse por email que precisa de células especiais de sobreviventes do Ebola, mas não obteve nenhuma.Veja imagens do surto de ebola na África:

Profissional de saúde retira suas roupas de proteção contra o ebola em Monróvia, LibériaFoto: Reuters/Stringer/Newscom

Funcionário do aeroporto da Cidade de Guatemala manipula um termômetro infravermelho que monitora a temperatura dos viajantes que chegam ao paísFoto: Reuters/Stringer/Newscom

Cartaz explicando o que é o ebola e como ele é transmitido é visto na área de desembarque aeroporto da Cidade de GuatemalaFoto: Reuters/Stringer/Newscom

Cachorro de estimação de Nina Pham, enfermeira americana que contraiu ebola, está sendo monitorado. Não se sabe ainda se os cães também podem contrair o vírusFoto: Reprodução

Hospital em Dallas, nos Estados Unidos, onde enfermeira que tratava liberiano com ebola foi infectada com o vírusFoto: AP
Policiais isolam prédio em que mora o funcionário de saúde que pode ter sido infectado, em Boston, nos Estados UnidosFoto: AP
Polícia isola casa em Dallas onde vive funcionário de hospital infectado por ebola, nos Estados UnidosFoto: AP
Homem limpa local perto da ambulância que transportou paciente com suspeita de ebola, no centro médio Beth Israel Deaconess, em Boston, nos Estados UnidosFoto: Reuters


Médico, vestindo roupas de proteção, fica ao lado de um paciente isolado no sexto andar do hospital Carlos III de Madrid, Espanha, sábado

Foto: AP Photo/Daniel Ochoa de Olza


Profissionais de saúde devidamente equipados perto da janela no hospital Carlos III, em Madrid, onde a enfermeira infectada com o ebola está internada

Foto: Reuters/Paul Hanna/Newscom


Manifestantes dão apoio à Teresa Romero, enfermeira infectada com o ebola em Madrid, na Espanha. O quadro de Teresa é estável, porém grave

Foto: REUTERS/Jon Nazca

Javier Limon Romero, marido de Teresa, enfermeira infectada com o ebola na Espanha, aparece na janela do seu quarto de isolamento, no Hospital Carlos III em Madrid

Foto: Reuters/Paul Hanna/Newscom

Taxistas aplaudem em gesto de apoio à enfermeira Teresa Romero, infectada com ebola em Madrid, Espanha

Foto: Reuters/Andrea Comas/Newscom

Funcionários do hospital em que a enfermeira espanhola está internada protestam em favor dela. Quadro de Teresa Romero é estável, mas grave

Foto: AP

Policiais monitoram protesto de funcionários do hospital em que Teresa Romero, enfermeira infectado com ebola está internada

Foto: AP

Excalibur, cachorro de Teresa Romero (foto), foi sacrificado por autoridades espanholas

Foto: AP

Thomas Frieden, um dos maiores especialista em ebola , epidemia é uma das maiores crises de sua carreira

Foto: Getty Images

A ministra da Saúde da Espanha, Ana Mato, fala aos jornalistas após sessão parlamentar em Madrid, Espanha

Foto: Reuters

Profissionais de saúde protestam na Espanham. Eles reclamam da falta de preparo e pouco treinamento para o combate ao ebola

Foto: AP

Na Nigéria, professoras medem temperatura de alunos

Foto: AP

No Marrocos, passageiros que chegam ao País têm a temperatura medida para identificar possíveis casos da doença

Foto: AP

Promise Cooper, 16 anos, Emmanuel Junior Cooper, 11 anos, e Benson Cooper, de 15, perderam os pais na Libéria

Foto: AP

Mamie Mangoe, amiga da família de Duncan, chora durante missa em homenagem à vítima

Foto: AP

Primeiro paciente diagnosticado com ebola nos EUA, Tomas Eric Duncan, morre após dias internado em hospital. Várias pessoas foram isoladas

Foto: AP

Na Libéria, Mamadee, de 11 anos, comemora cura do ebola dançando

Foto: Reprodução/BBC

Kumba Fayah, 11anos, sobreviveu ao ebola. Foi a única da família a vencer o vírus

Foto: AP

Agente de saúde desinfeta pacientes em centro de atendimento na Libéria

Foto: AP

Mulher é liberada de centro de atendimento após banho de desinfetante

Foto: AP

Agentes desinfetam escola na Libéria

Foto: AP

Mercy Kennedy, de 9 anos, chora após mãe ter sido levada para centro de atendimento

Foto: AP


Nowa Paye, de 9 anos, é levada para centro de atendimento por apresentar sintomas da doença

Foto: AP


Agentes encaminham Yarkpawoto Paye, de 84 anos, para centro de atendimento

Foto: AP


Enfermeira se prepara para atender pacientes

Foto: AP


Na fronteira entre Mali e Guiné, agente mede temperatura de imigrante

Foto: Reuters


Britânico William Pooley é um dos sobreviventes da maior epidemia de ebola da história

Foto: Reuters


Médico oferece água a paciente com o vírus do ebola

Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF


Mural com instruções sobre sinais da doença, dentro de tenda que abriga pacientes com ebola

Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF


Paciente chega de maca à uma das unidades dos Médicos Sem Fronteiras

Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF


Profissionais de saúde precisam ter o corpo completamente isolado por vestimentas especiais para não contrair o vírus

Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF


Pacientes com ebola sendo tratados em Serra Leoa

Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF


Residentes de Monrovia (Libéria) se aglomeram perto do centro de tratamento do ebola. Ruas foram fechadas afetando o retorno para casa dos moradores, por causa da quarena

Residentes de Monrovia (Libéria) se aglomeram perto do centro de tratamento do ebola. Ruas foram fechadas afetando o retorno para casa dos moradores, por causa da quarena

Foto: AP


Policiais usam máscara em frente a um prédio comercial em Berlim que foi isolado depois que uma funcionária com suspeita de ebola foi levada ao hospital

Policiais usam máscara em frente a um prédio comercial em Berlim que foi isolado depois que uma funcionária com suspeita de ebola foi levada ao hospital

Foto: Reuters


Passageiros são rastreados em um aeroporto em Myanmar. Países asiátidos estão usando câmeras termais e médicos para identificar possíveis infectados

Passageiros são rastreados em um aeroporto em Myanmar. Países asiátidos estão usando câmeras termais e médicos para identificar possíveis infectados

Foto: Reuters


Taxistas aguardam passageiros do lado oposto do hospital em que o endocrinologista Patrick Sawyer morreu de consequência do ebola no isolamento, em Lagos (Nigéria)

Taxistas aguardam passageiros do lado oposto do hospital em que o endocrinologista Patrick Sawyer morreu de consequência do ebola no isolamento, em Lagos (Nigéria)

Foto: AP


Policiais patrulham multidão para evitar que a área de quarentena do ebola imposta pelo governo seja ultrapassada

Policiais patrulham multidão para evitar que a área de quarentena do ebola imposta pelo governo seja ultrapassada

Foto: Reuters


Mais de mil pessoas já morreram no atual surto de ebola (6/08)

Mais de mil pessoas já morreram no atual surto de ebola (6/08)

Foto: AP


Corpo de homem morto por ebola é abandonado na rua, na Libéria (6/08)

Corpo de homem morto por ebola é abandonado na rua, na Libéria (6/08)

Foto: AP


Carnes de animais contaminados trazem riscos à população no oeste da África (5/08)

Carnes de animais contaminados trazem riscos à população no oeste da África (5/08)

Foto: Reuters


Lavar as mãos reduz as chances de contrair a doença (5/08)

Lavar as mãos reduz as chances de contrair a doença (5/08)

Foto: EPA


Surto de Ebola é o maior da história e já matou mais de 900 pessoas (5/08)

Surto de Ebola é o maior da história e já matou mais de 900 pessoas (5/08)

Foto: Reuters


Esse modelo molecular mostra partes do vírus do Ebola que os cientistas estudam na tentativa de produzir medicamentos que reduzem a propagação da doença

Esse modelo molecular mostra partes do vírus do Ebola que os cientistas estudam na tentativa de produzir medicamentos que reduzem a propagação da doença

Foto: Science Photo Library


Imprensa e curiosos observam ambulância com enfermeira infectada que se trata com droga experimental (5/08)

Imprensa e curiosos observam ambulância com enfermeira infectada que se trata com droga experimental (5/08)

Foto: Reuters


Liberiano de 40 anos morreu pouco após desembarcar em Lagos (26/07)

Liberiano de 40 anos morreu pouco após desembarcar em Lagos (26/07)

Foto: AP


Equipe do Médico sem Fronteiras próxima ao corpo de uma vítima

Equipe do Médico sem Fronteiras próxima ao corpo de uma vítima

Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF


O Médico Sem Fronteiras tem cerca de 300 funcionários nacionais e internacionais trabalhando nos países onde o vírus se espalhou

O Médico Sem Fronteiras tem cerca de 300 funcionários nacionais e internacionais trabalhando nos países onde o vírus se espalhou

Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF


O ebola é uma doença viral, cujos sintomas inciais podem incluir febre repentina, forte fraqueza, dores musculares e de garganta

O ebola é uma doença viral, cujos sintomas inciais podem incluir febre repentina, forte fraqueza, dores musculares e de garganta

Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF


O vírus é altamente contagioso e não tem vacina ou cura, por isso equipes médicas usam roupas especiais para evitar contaminação

O vírus é altamente contagioso e não tem vacina ou cura, por isso equipes médicas usam roupas especiais para evitar contaminação

Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF


Os testes de laboratório irão determinar em questão de horas se as amostras contém ou não o vírus do ebola

Os testes de laboratório irão determinar em questão de horas se as amostras contém ou não o vírus do ebola

Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF


Após exposição ao vírus na área isolada, roupas e botas das equipes de atendimento são desinfetadas com cloro

Após exposição ao vírus na área isolada, roupas e botas das equipes de atendimento são desinfetadas com cloro

Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF


Colchões são distribuídos a famílias cujas casas foram desinfetadas após a morte de um membro

Colchões são distribuídos a famílias cujas casas foram desinfetadas após a morte de um membro

Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF


Sia Bintou passou mais de 10 dias em tratamento, com poucas esperanças de deixar o local viva, mas sobreviveu.

Sia Bintou passou mais de 10 dias em tratamento, com poucas esperanças de deixar o local viva, mas sobreviveu.

Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF


Nem todos se salvam. Na foto, família de Finda Marie Kamano e outros membros da comunidade em seu funeral

Nem todos se salvam. Na foto, família de Finda Marie Kamano e outros membros da comunidade em seu funeral

Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF


A sepultura de Finda Marie é marcada com um broto de árvore

A sepultura de Finda Marie é marcada com um broto de árvore

Foto: Sylvain Cherkaoui/Cosmos/MSF






Fonte: Saúde IG
Publicado em: Wed, 05 Nov 2014 15:00:40 GMT

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