terça-feira, 28 de outubro de 2014

Nova técnica trata suor excessivo de forma indolor e tem efeito por até 8 meses

Nova técnica trata suor excessivo de forma indolor e tem efeito por até 8 meses

Elioenai PaesAntes tratável apenas com cirurgia ou botox, nova técnica tem duração semelhante à toxina botulínica e não envolve agulhasO suor tem papel importante no organismo, para a regulação da temperatura corpórea. No entanto, se for excessivo, pode causar desconfortos – há casos em que chega a gotejar. A esse excesso de suor, dá-se o nome de hiperidose."A hiperidrose não é uma doença grave que leva ao risco de vida, mas trata-se de situação extremamente desconfortável, que causa profundo embaraço social e transtornos de relacionamento e psicológicos no portador que frequentemente se isola e adquire hábitos procurando esconder o seu problema”, diz a dermatologista Erica Monteiro. Cumprimentar uma pessoa, por exemplo, pode fazer com que o portador da condição se sinta obrigado a secar a mão antes do ato.A médica explica que as áreas do corpo mais atingidas são axilas, palmas das mãos, plantas dos pés e virilha, mas pode acontecer em outras partes também. Entenda: O que influencia nosso odor?Antes, para resolver o problema, só havia a cirurgia de retirada da glândula sudorípara e a aplicação da toxina botulínica, conhecida por botox. A nova técnica de radiofrequência, no entanto, promete ser tão eficaz quanto o botox – e sem dor. O botox é aplicado por meio de agulhas, e, dependendo da região – como mãos e pés, “é preciso fazer o bloqueio anestésico, que é injetar um anestésico no ramo que enerva a mão”, explica Carolina Marçon, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, detalhando que o botox é muito eficaz e o efeito dura de seis a oito meses.A nova técnica, no entanto, veio para ajudar também quem tem aversão à agulhas, o que tornava a aplicação anterior mais angustiante. “Além disso, a radiofrequência nas axilas consegue bloquear um outro canal que secreta um líquido leitoso, rico em amidos, proteínas, lipídios e carboidratos, que torna um ambiente propício para proliferação de bactérias e, consequentemente, do mau odor”, explica Cristiano Velasco, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia.A aplicação é simples e o paciente só sentirá um leve aquecimento no local, explica Velasco. A radiofrequência consegue gerar uma inflamação na glândula que secreta o suor, fazendo com que o sinal enviado pelo cérebro para liberar o suor seja completamente interrompido por cerca de oito meses. Com isso, a pessoa não sua. Depois desse período, a sudorese pode voltar, fazendo com que a pessoa precise fazer a radiofrequência novamente. O retorno depois de oito meses também acontece com o Botox.Veja algumas situações sociais que quem tem hiperidrose acha desconfortável: 

1 - Apertos de mão: esse simples ato pode ser um desconforto para quem sofre com sudorese excessiva nas mãos, por vergonha de molhar a mão de quem está cumprimentando. Foto: Thinkstock Photos

2 - Pés suados: quem sofre com sudorese excessiva pode suar os pés além do normal. A pessoa pode escorregar pelo fato do interior do calçado estar molhadoFoto: Thinkstock/Getty Images

3 - Axilas: o suor líquido também propicia o aparecimento de odores. Quem sofre com hiperidrose pode ter de trocar de camisa várias vezes ao dia, enquanto está no trabalho, por exemploFoto: Thinkstock Photos

4 - Tocar instrumentos de metal: por o suor conter sódio, o instrumento pode enferrujar, obrigando o músico a enxugar as mãos com frequênciaFoto: Thinkstock Photos

5 - Tocar piano: os dedos podem escorregar com mais facilidade, impelindo quem tem hiperidrose a ter de fazer pausas constantesFoto: Thinkstock Photos
6 - Fazer provas: o estresse aumenta a liberação do suor. Quem sofre com hiperidrose nas mãos pode borrar uma prova por excesso de suorFoto: Thinkstock Photos
7 - Digitar: se quem está digitando está nervoso, com prazo para entregar alguma coisa, a intensidade do suor pode aumentar, trazendo desconforto e molhando o tecladoFoto: Thinkstock Photos
8 - Andar de mãos dadas: alguns se fecham socialmente por receio do que o outro vá pensar, ao encontrar suas mãos suadasFoto: Thinkstock/Getty ImagesIndependente do sexo, há dois motivos para uma pessoa ter hiperidrose. O primeiro é por genética: alguns já nascem com ela. Na sudorese excessiva secundária, pode ser que haja alguma alteração na tireoide, como explica a dermatologista Carolina.Leia também: Chulé: Como se livrar desse malQuer treinar sem suar demais? É simples: escolha os exercícios corretos“Pode ser um hipertireoidismo (funcionamento excessivo da tireoide). Além disso, pode ser decorrente da obesidade e de medicações”, explica a médica. No entanto, a situação mais comum é a hiperidrose primária, que é genética e é desencadeada por situações de estresse ou ansiedade, diz ela.Nesse caso primário, controlar a ansiedade e estresse podem ajudar a suar menos. Na hiperidrose secundária, se o problema for a obesidade, emagrecer pode resolver. Se for tireoide, regular os hormônios livra a pessoa do problema.


Fonte: Saúde IG
Publicado em: Fri, 24 Oct 2014 10:00:40 GMT
Ler mais aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário