domingo, 27 de setembro de 2015

Lesões no esporte 2

Lesões no esporte 2
"Quem não gosta de samba, bom sujeito não: é ruim da cabeça ou doente do pé". A letra do grande Caymmi, por sinal dono de fama de ser um grande preguiçoso, me faz arriscar outra frase: "Quem nunca sofreu uma lesão esportiva é sedentário ou ainda não chegou a sua hora".

É difícil encontrar alguém que pratique esportes regularmente e que não tenha se machucado. Faz parte de qualquer atividade física, é o risco de colocar a "máquina" em movimento. Uma das lesões mais sofridas pelos atletas em geral, principalmente os de final de semana, é a distensão muscular. Essa lesão é originada quando um músculo excede sua resistência natural. Pode acontecer também em paradas repentinas, acelerações violentas e desaceleração, o chamado trabalho excêntrico.

Quando descemos uma escada ou uma montanha, fazemos uma força denominada excêntrica, a força que freia nosso corpo. Por isso, sentimos muitas dores, ao contrário do que muitos pensam, que a dor foi pela subida. As distensões podem ser classificadas de acordo com o grau de ruptura: o primeiro e segundo graus envolvem ruptura parcial, e o terceiro se refere a rupturas completas ou separação.
Os que mais sentem este tipo de lesão são os indivíduos que estão desenvolvendo movimentos bruscos, independentemente de estarem bem preparados fisicamente. Os sinais clínicos para esse tipo de lesão são claros: dor aguda, dificuldade na contração muscular. Nas rupturas completas, o defeito pode ser palpado por todo o ventre muscular - o músculo pode formar uma protuberância, lembrando um tumor.

Além disso, inchaço e alteração da sensibilidade são comuns nesses casos. Quanto menos acostumados às lesões esportivos, mais assustados se tomam os lesionados. Mas elas são comuns no esporte, e podem ser curadas em poucos dias, dependendo do grau de comprometimento.

Uma prática que recomendo no consultório de fisioterapia, quando os atletas ainda não têm um diagnóstico claro, é a aplicação de gelo logo após sentir a contusão, mais repouso seguido de imobilização. Esses procedimentos talvez não resolvam de imediato, mas não atrapalham a recuperação. É melhor do que ficar esperando alguns dias para ser atendido por um especialista.

Quando estamos praticando esportes por muito tempo, já sabemos quais as alterações na homeostase, a propriedade auto-reguladora do corpo. Por isso não se iluda quando o corpo quer mandar uma mensagem. Preste atenção, escute-o.




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