O corpo humano é um complexo de órgãos e aparelhos que, se funcionarem corretamente, a máquina só tende a render muito. Caso contrário, o indivíduo se toma escravo do sedentarismo. Além disso, quando falamos em esporte de resultado, não podemos esquecer que o entendimento dessa máquina ainda é mais detalhado e complexo. Os grandes atletas já estudados e observados sabem como são compostas suas fibras musculares. Basicamente, o ser humano reage muito bem ao estímulo de um tipo de fibra muscular. Elas, as fibras, são divididas em fibras tipo 1 ou de contração lenta, fibras tipo II ou de contração rápida e tipo II b, também de contração rápida.
O primeiro é típico dos atletas de resistência, os maratonistas, ciclistas de estrada, atletas que praticam esportes de longa duração. O segundo tipo já é mais recomendado para os indivíduos que necessitam da velocidade como da resistência. Encontramos isso muito em esportes coletivos, quando observamos um atleta dando um pique curto para alcançar a bola ou mesmo quando observamos o mesmo atleta em permanente movimento, mesmo estando em baixa intensidade. O último tipo ou fibras IIb é específico dos atletas que necessitam de apenas alguns segundos para alcançar o máximo resultado. São os saltadores, os arremessadores, a ginástica artística, enfim, todos aqueles que são muito explosivos.
Esporte de resultado também envolve isso, estar em perfeita comunhão com o tipo de fibra correspondente. As cores predominantes destas fibras também são diferentes. As de resistência são mais avermelhadas, devido à quantidade de oxigênio; as de velocidade são mais esbranquiçadas, pela natureza de transportar pouco oxigênio. Geneticamente somos determinados para usar melhor um o outro tipo de fibra, somos agraciados quando escolhemos um esporte e somos geneticamente apropriados para executar o que a fibra deseja.
Essa combinação de fatores, somada a treinamento e emoção, determinam o resultado planejado. Transportando isso para o campo do futebol, observamos por que o Ronaldo Fenômeno quase sempre não se mexe, mas, quando resolve dar um pique para alcançar a bola, dificilmente alguém o alcança. Isso é específico de seu tipo de fibras musculares.
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