"Véio" já virou sinônimo de amigo, de gente que se conhece há muito tempo. Melhor agora que aumentamos nossa média de vida. Aos 75 anos somos obrigados a continuar produzindo. O melhor modelo de saúde dos velhos brasileiros é o de Veranópolis, uma cidade gaúcha com uma expectativa de vida das mulheres de 83 anos, isso mesmo, uma média que faz qualquer herdeiro interesseiro perder as esperanças.
O segredo deste povo, como os japoneses, italianos, espanhóis e gregos, os mais longevos do planeta, são muitos, a começar pelo estilo de vida. Para os italianos e espanhóis, um bom vinho e azeite de oliva são o suficiente para alegrar mais alguns anos. No caso dos japoneses, os chás e as sopas misteriosas são as receitas já consagradas há milhares de anos. Todas essas fórmulas não seriam possíveis se os exercícios físicos não acompanhassem esses costumes de gerações saudáveis.
As dietas do mediterrâneo são acompanhadas, como no caso dos "samurais", repleta de caminhadas, ou seja, todos, independentemente da nacionalidade, caminham muito. Os idosos dos países do primeiro mundo desfrutam de uma aposentadoria mais generosa. Isso também ajuda os velhinhos a sair de casa para o consumo.
No caso dos brasileiros de Veranópolis, as caminhadas são obrigações profissionais, para plantar, colher e andar até a igreja. O vinho gaúcho e a polenta na chapa são os segredos. A polenta grelhada na chapa é rica em hidrato de carbono, de absorção lenta e fibras alimentares que diminuem as inflamações vasculares. Isso é consumido sem muitas regras, foi passado de geração para geração, até que foi provado o porquê dos anos a mais que este povo está vivendo.
Uma outra variável que faz a diferença para esses gaúchos é a fé. É uma tríade que vai ser difícil de se derrubar tão cedo: alimentação, exercício e fé. Para ser mais direto, vinho e polenta, caminhadas longas e fé.
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