Esporte de macho
Calma amigo leitor, não vou escrever sobre a luta do vale-tudo, mas pretendo alertar os machões sobre o que está acontecendo com a nossa espécie em extinção. Sempre escutamos sobre as últimas pesquisas da genética e esquecemos um pouco da nossa ancestralidade, esquecemos que somos predadores por natureza, caçadores, lutamos para sobreviver. Éramos nômades, caminhantes, fugitivos, depois que descobrimos o fogo prevaleceu a preguiça, o domínio de terras.
Ser homem já implica prejuízos à saúde, é mais fácil procurarmos conselhos dos amigos de futebol de que uma consulta com um médico. A mulher vive em média 5,5 anos mais do que o homem, sua chance de contrair câncer durante a vida é de uma em três; a do homem, de uma em duas. A maioria dos homens que morrem de ataques cardíacos perde a vida antes dos 70 anos, o que não acontece com as mulheres - depois dos 74 anos.
Os esportes praticados pelos machões são religiosamente seguidos até os 18 anos, quando os hormônios estão saindo pelas orelhas, depois só nos finais de semana. A mulher é mais regular, podem até dizer porque trabalha menos, mas ela não têm vergonha de se cuidar.
O sal é outro exemplo. Os machões adoram ingerir muito sal, muito tempero, esquecem que estão contribuindo para a falência do coração. Quem de nós, homens, realiza exames testiculares ou de próstata depois dos 40 anos? Quem se submete a ficar nu na frente do médico para um check-up? Não é mais fácil tomar viagra?
Nossas emoções esportivas são muitas vezes incorporadas com as manhãs de domingo escutando o Massa ganhando mais uma corrida e, em seguida, dirigimos em alta velocidade como se tivéssemos ganhando algum grande prêmio. Em vez de pensarmos na Maria Zeferina Baldaia, aquela corredora que, depois da colheita da cana, saia para correr descalça.
Como sabemos que os machões adoram competir, com eles mesmos, por que não sugerir uma competição: se eu perder 3 kg em um mês, posso viver o mesmo tempo que a minha mulher, e assim não deixá-la se engraçar para nenhuma "bichinha".
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