quinta-feira, 13 de agosto de 2015

O esporte no século XXI

O esporte no século XXI
Sempre perguntam a minha opinião sobre o esporte nos dias de hoje e, quase sempre, respondo a mesma coisa: vivo disso. Acho que consigo analisar o esporte depois de um longo trajeto. De ex-atleta, passando à técnico e atualmente como professor. Assim mesmo posso me arriscar a escrever sobre a minha opinião. Não custa revisar. Como em qualquer discussão científica, o esporte também é analisado em paradigmas, segundo as referências de Thomas Kuhn.

Depois do renascimento dos Jogos Olímpicos, pelo barão Pierre de Coubertin, o esporte moderno nasce segundo as concepções pedagógicas do inglês Thomas Arnold, com um paradigma de rendimento. Depois disso deslumbra-se o esporte como participação e formação, não se esquecendo que é lógico do rendimento. Mas foi nos jogos Olímpicos de Berlim que a visão romântica do esporte começou a naufragar. Hitler usou o esporte para mostrar ao mundo da superioridade da raça ariana, mas, felizmente o negro americano Jesse Owens suspendeu o impulso predador de Hitler.

Em 1952, Helsinki, a União Soviética ingressa nos jogos, a guerra fria no esporte torna-se muito quente e assistimos desde então a batalha entre o capitalismo e socialismo. "A ética esportiva, construída nos tempos da prevalência do ideário olímpico, pelo associacionismo de Arnold e do fair play do olimpismo, começa a perder nos seus confrontos, dando lugar a um chauvinismo pela vitória, isto é, a vitória a qualquer custo" (Gomes Tubino).


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