domingo, 9 de agosto de 2015

O milagre da serendipidade

O milagre da serendipidade
O que é essa tal de serendipidade?
Em um dos relatos de Carl Jung, "A sincronicidade", tem-se o caso de uma paciente que, em uma das sessões, relata o desejo de um escaravelho dourado (jóia muito cara). A sincronicidade é tal que, no momento da consulta, Jung escuta um barulho na sua janela e, curioso como um detetive, percebe que o barulho é de um escaravelho comum (besouro). Lógico que essa coincidência, hoje em dia, é conhecida como uma das linhas de pesquisa da psicologia. É conhecida como o "sonho de escaravelho".




Essas descobertas de alguns prazeres da vida, ou melhor, esse dom de encontrar coisas valiosas, não é nada paranormal. É oferecido quando estamos dispostos a encontrá-las. Para que isso aconteça é preciso estarmos com os canais de comunicação abertos, dispostos a descobrir algo novo.

A lógica principal disso é que a graça, manifestada em parte pelas "coisas valiosas ou agradáveis que não foram procuradas", a tal serendipidade, está disponível para todos, mas alguns a utilizam e outros, não. Nem sempre isso é fácil, muitas vezes acontece por um acaso. Pode acontecer em alguns momentos de depressão, em estado de tristeza ou mesmo de estresse.
Esse "algo diferente" pode aparecer durante a prática de alguma atividade física. Fisiologicamente isso tem explicação. Chamamos de "stady state", o segundo fôlego. É o momento do equilíbrio de energia. Uma outra sensação de prazer depois de descobrir o exercício é quando se inicia a produção e liberação de endorfinas, aquele instante em que nos sentimos anestesiados pelo prazer do esporte.

Por último, somos contemplados com uma sensação de dever cumprido, de vitória, quando terminamos nossa hora de exercício. Aí, sim, um banho e uma cerveja gelada contemplam a alegria de viver, que nem Jung explicaria.


Nenhum comentário:

Postar um comentário