quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Diário de grávida: eterno sentimento de CULPA!

Diário de grávida: eterno sentimento de CULPA!

Pessoal, Quando estamos grávidas e o tempo vai passando e a barriga vai aumentando sempre surge aquela básica dúvida: “gente, calma! vou ser “mãe”… e agora? será que serei uma boa mãe? como vai ser?”. E o principal: “como vai ser a MINHA VIDA após eu me tornar mãe?”. Quem nunca né!? Bom estou nessa etapa que tá caindo essa ficha que vou deixar de ser apenas “Cláudia” e virar a “mãe do Antônio” e hoje uma amiga também grávida me encaminhou um texto que simplesmente CHOREI de tanto rir. Tenho milhares de amigas, conhecidas, familiares que são mães recente. Algumas com bebês recém-nascidos, outras já com filhos com seus 1/2 anos… e é muito curioso pois tirando algumas exceções é meio que unânime os comentários após o nascimento do baby: - filho dá muito trabalho - neném chora demais - ser mãe é demais, amor sem fim, mas é exaustivo - tem dias que dá vontade de chorar sem parar - não consigo imaginar minha vida sem minha babá - se a babá não vem eu mal converso com meu marido – e olha que eu era “contra” babá antes de me tornar mãe E por aí vai…

MÃES MARAVILHA

Em paralelo a isso sempre tem a “culpa” que essas mães sentem ao colocar isso pra fora e dizer pro mundo “eu amo meu filho mais que tudo, mas é exaustivo ser mãe, às vezes dá vontade de entrar no quarto se trancar e só chorar”. Quem nunca né!? E eu só ouvindo todas elas e pensando: “como EUZINHA serei?”. E obviamente tem as “mães maravilha” que dizem que os filhos são maravilhosos, não choram, não dão trabalho, as que dizem que dormem desde sempre noites inteiras e nuncaaaaa tiveram problemas e nem tiveram vontade de chorar após nascimento dos filhos. Gente… PELAMOR né!? E aí as mães normais e “filhas de deus” vendo essas mães perfeitas entram no ciclo do sentimento de CULPA e se perguntam porque elas não se sentem tão completas como as demais. Foi lendo esse texto que jaja compartilho com vocês que percebi que vivemos num mundo de cobranças e mentiras absurdo…

CASAMENTOS “CONTO DE FADA”

Primeiro tem a fase do casamento. Todas as suas amigas casam e tem aquelas que dizem que CASAMENTO É A MELHOR COISA DO MUNDO E QUE NUNCA BRIGAM COM OS MARIDOS.  Gente… a quem vocês querem enganar?!?!?! TODO MUNDO que casou sabe que sim, casamento é bom mas NÃO não é um conto de fadas. Tem fases boas demais e tem fases FODAS demais. Tem fases que só brigamos, tem fases que só quebramos o pau… e por aí vai…NÃO EXISTE PERFEIÇÃO. E você tem que ouvir de pessoas próximas que a vida delas é incrível e com isso óbvio vem o bom e velho sentimento de CULPA! Você passa dias se perguntando porque seu casamento não é tão perfeito.

MATERNIDADE PERFEITA

E descobri estando grávidsa que o mesmo acontece com a MATERNIDADE. Tem gente que diz que engravidar e ter barrigão e sintomas da gravidez são as melhores coisas do mundo. Gente pra cima de mim????? Dói TUDO! Dá enjoo, você come pra caralho (sorry o palavreado), dói as costas, você não dorme mais direito, falta ar, vocÊ sobe 1 lance de escada e parece que correu uma maratona de 20km, você engorda pra caralho (desculpem de novo o palavreado)… e seu peito!?!?!? Gente eu já aumentei DOIS TAMANHOS DE SOUTIEN!!! Jajá vou parar no número 50!!!! E jaja as auréolas começam a escurecer… sexy!??!! Nenhum pouco né?! Então dizer que ter um filho dentro da gente é incrível eu concordo 100%, é algo mágico e de Deus MESMO! É uma sensação única que eu quero viver intensamente e se Deus me permitir ter mais filhos pra poder passar por isso. Agora me dizer que “é bom viver a gravidez” no quesito “sintomas” e tudo que acontece com o seu corpo é “a melhor coisa do mundo” = ME POUPE!!! Mas aí a gente vê essas futuras mães só elogiando e novamente vem o sentimento de CULPA de porque você não se sente tão feliz assim estando grávida?

SER MÃE É SE FUDER NO PARAÍSO

Bom, desabafo feito… vamos ao melhor texto ever e que EU SEI que traduz o sentimento de muitas mães por aí… o texto é do blog “Mulher que corre com lobos” que confesso que não conhecia até hoje. Porém já me identifiquei e muito com a escritora do blog, a Fernanda Nunes. Tomei a liberdade de compartilhar aqui o texto dela, e acredito que todas as mães e futuras mães que estão vivendo essa mesma fase que eu, irão se identificar… mesmo aquelas “mães perfeitas” quando lerem lá no fundinho delas vão dizer “é isso mesmo”. Preparadas?!?! Vamos ao texto: Bento tinha 15 dias quando fui pela primeira vez à pediatra. Estava feliz e molenga exibindo meu rebento pelas ruas. Na consulta, ele se manteve quieto, exceto no momento em que ela tirou a sua roupa e tocou nas suas bolas. Bolinhas. Ele sempre detestou essa burocracia toda que envolve roupas. Houve uma fase (verão, obviamente) que eu evitava trocar as roupas dele, só para não contrariá-lo. Para sair do consultório fiquei 45 minutos na sala de espera dando de mamar para acalmá-lo. O que aprendi com isso? “Não se mexe com quem tá quieto.” Noutras palavras, Bento feliz, eu feliz. Bento quieto, eu imóvel. Na volta para casa, ele veio no canguru dormindo (graças ao Senhor). Entrei na minha vila e cruzei com duas vizinhas, irmãs. Uma delas, mãe de 3 (haja coragem), me perguntou: - Já teve vontade de jogar pela janela? Eu ri e respondi: - Ainda não!- eu só tinha 15 dias na condição materna, no momento com 8 meses, faz todo sentido. -Vai ter! E é normal. Só não é normal se você jogar. Essa é a maternidade real. Você vai sentir raiva dele. Anota, pois isso não está nos livros. Não está mesmo. Ó bebê santo, fofo e indefeso! Sim, eles são isso tudo. Isso “tudo” é o que salva. Sua fofura e a ocitocina que foi descarregada no meu corpo durante o meu parto são as armas (do bem) que salvam Bento dos meus momentos de fúria. Amiga mãe e gestante, eu não senti, e sinto com frequência, raiva, eu senti, sinto e sentirei (inevitavelmente) fúria! Fú-ria! Sabe pelo quê? Por coisas aparentemente idiotas, mas que ilustram o lado não muito cor de rosa da maternidade. Tipo, dormir. Depois de passar 8 meses dormindo picado, você quer ouvir a Sandy cantando “Imortal não morre no final” mas não quer ouvir a voz do seu filho te chamando às 2am. Outra coisa que vai te irritar, surtos de choro quando você está tentando uma interação social. Saio com meu filho para um almoço com amigos e ele resolve ficar enjoadinho, reclamão. Você pensa, normal né? Que tipo de criança quer ficar parada? Só as doentes ou as que foram embebidas num caldeirão de maconha ao nascer. Não foi o meu caso e eu não estou reclamando, mas… Me irrita, e assumo, me ressinto pela perda da minha liberdade. Conheço mães como eu e isso me alivia. Assumimos os pesares da maternidade sem nos abster de nenhum cuidado com nossos filhos (vai ter vontade de jogar, mas não coragem, lembra?). Num livro muito divertido sobre a história de uma mãe que tinha um bebê pesado como o meu, ela cria a seguinte imagem: ser mãe é como estar dentro de uma piscina de ondas 24horas. É exaustivo. Vejo na mídia e nos livros, discrições do paraíso em torno da maternidade. “Ser mãe é padecer no paraíso”- a frase soa bonitinho, comportado. Quer saber mesmo o que é ser mãe? Ser mãe é se fuder no paraíso. Você experimenta o maior amor que poderia sentir, pelo ser aparentemente mais adorável que poderia existir e, por conta disso, tem que suportar todas as dificuldades para cria-lo bem. Vai ter que dar espaço para ele exibir sua personalidade e o que vai te restar é aceitação. Outra coisa que tinham que ensinar pra gente (se tentaram me ensinar, matei essa aula) é como ter, fazer brotar, paciência. Já me peguei com o Bento chorando, segurando sua mão e emanando o ohn. Ele parou de chorar, não porque se acalmou com o mantra, mas porque achou esquisitíssimo sua mãe de olhos fechados repetindo a mesma coisa. Acho que no fundo ele sabia: “é melhor eu parar, ela está no limite, vai me colocar na cestinha.”

Existe prótese de paciência? Eu compraria.

Quando estou na piscina de ondas por muito tempo, direto com ele sem alguém para me render, entro num estado irritável muito grande. Levo ele para passear e me deparo com mães felizes na pracinha. Nada me faz mais culpada e raivosa do que mães felizes na pracinha. Começa a conversa de Alice no país da maternidade. Meu impulso é falar “Tá bom, vamos falar a verdade, tem horas que dá vontade de bater a porta e isolar a chave, num é?” Não está nos livros, nem na internet, nem na conversa das mães da pracinha, o lado negro da maternidade. Você vai querer tomar um porre. Vai querer passar o dia na Prainha, e não duas horas do melhor sol no Ipa bebê cercada de crianças que jogam areia em você. Vai querer ouvir Florence and The Machine no carro e não o novo cd do Palavra Cantada. Vamos! Assuma!

A única coisa que essas falsas expectativas fazem é gerar culpa. Saio da pracinha me sentindo odiável e com pena do Bento por me ter como mãe. Também não está nos livros, culpa é inerente à maternidade, andam de mãos dadas. Sua motivação é que você quer ser a melhoooorrr mãe do muuundo. O que não sai como o esperado, vai para sua caixinha de culpa. O problema é que culpada, você procura ser melhooorrr ainnnddaaaa, enquanto deveria ser o melhor possível, pois você também é protagonista nessa história.

Talvez, eu me sinta culpada por essas palavras (ou seria um desabafo?), mas vou me prender ao que minha vizinha me disse.

Eu não joguei pela janela.

Para entrarem no blog da Fernanda e lerem mais textos dela, cliquem aqui.



Espero que gostem do post diferente de hoje

Bjos,


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Fonte: Enfim Casada
Categoria: Enfim Casada
Autor: Enfim Casada
Publicado em: 06 Aug 2015 21:58:53

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